Pertencer a um Ecossistema Empreendedor é muito mais do que ter uma rede de contactos ao nosso dispor. É ser um membro ativo numa comunidade focada no crescimento mútuo e na prosperidade económica do seu ambiente.
Embora um conceito relativamente recente, um Ecossistema Empreendedor pode ser definido como sendo a rede de relações formais e informais entre vários atores, de uma determinada área geográfica, que trabalham entre si para produzir inovação e crescimento económico.
Estes Ecossistemas, cujo nome remete à biologia, incitam a partilha de informação ou recursos em prol do desenvolvimento da esfera empreendedora sem que exista, necessariamente, um retorno imediato dessa partilha. As relações emergentes das diferentes interações resultam na criação de uma rede de relações consolidada e de confiança a longo prazo, sendo este o principal benefício.
Focando no Turismo, a existência de uma rede interdependente permite um novo tipo de experiência contínua ao turista, renovando o conceito existente do que é visitar Portugal. Por experiência contínua, entende-se a entrega dos serviços e produtos dos vários agentes do ecossistema em cada um dos seus estabelecimentos, como se de uma única organização se tratasse. Mais ainda, deve ser tida em conta a criação e inclusão de startups tecnológicas que, com a sua capacidade de transformação disruptiva e inovação, podem potenciar o crescimento económico do setor, não só através de novos produtos e serviços, como também através de novas formas de entrega da proposta de valor da região.
Retomando o tópico do artigo anterior sobre inovação no Turismo, do João Freitas, a participação em programas de ideação e aceleração dedicados ao setor do Turismo, como é o caso do iTechTourism, é um benefício para startups, mentores, investidores e outras organizações e instituições. Pelas vantagens já conhecidas destes programas e ainda pela capacidade de servirem como uma porta de acesso a um Ecossistema Empreendedor estabelecido.
Por Rui Bernardo
Gestor de Projeto
Startup Braga