Abrir um novo negócio de acomodação, uma agência de viagens tradicional ou até uma nova companhia aérea parecem já não ser negócios particularmente rentáveis face à dificuldade de diferenciação à exceção do preço.
Inovar no turismo deixou de ser apenas uma escolha. Por alguma razão vemos cada vez mais incubadoras a criar programas de ideação e aceleração dedicados ao setor do turismo, como é o caso do iTech Tourism.
Hoje, o turista procura experiências personalizadas, autênticas e é muito mais informado e, até, mais exigente do que no passado. A procura de soluções que vão de encontro a este novo perfil são a chave para a inovação, que se quer feita através de empreendedores focados e munidos das capacidades certas, rodeados com a network certa e com os modelos de negócio corretos. Empreendedores que procurem ambientes onde não exista grande concorrência estabelecida e que consigam oferecer soluções personalizadas e com capacidade de surpreender desde o hotel à guesthouse, à experiência do destino ou até mesmo a forma como se reserva.
O setor do Turismo é considerado o maior motor da economia nacional, fundamental para a geração de riqueza e emprego em Portugal, tendo sido um dos setores mais afetados devido à pandemia da Covid-19. Para reforçar este setor, dotando-o estruturalmente de empresas e serviços mais fortes, capazes de valorizar o território, projetar Portugal e tornando o destino mais atrativo, eficiente e sustentável, é fundamental identificar os projetos com maior potencial e muni-los das ferramentas que permitam que a entrada no mercado nacional e internacional seja facilitada.
Inovar é preciso e será, dentro de poucos anos, aquilo que irá diferenciar os bons destinos dos menos bons. Afinal, como será o turismo do futuro? Não conseguimos saber com certeza, mas passará certamente por conceitos jamais pensados nos dias de hoje.
Por João Freitas
Entrepreneur in Residence
Startup Braga