O desafio de hoje leva-nos a uma pequena reflexão sobre o turismo como elemento potenciador de novas realidades glocais que respondem aos desafios da sociedade do século XXI graças ao seu pendor inovador.
Antes de mais, importa sublinhar que o turismo é, como defende Murphy (1985), um acontecimento sociocultural para os visitantes, assim como para os residentes que os acolhem, provocando em ambos efeitos coletivos, indeléveis e individuais de extrema importância. Esta realidade é, aliás, o que nos conduz para importantes efeitos catalisadores de desenvolvimento local, regional, nacional e, em certa medida, global, fruto da forte procura de serviços turísticos nas últimas décadas, ora por parte de turistas nacionais, ora de turistas provenientes de outros países.
Com o fortalecimento da procura por soluções ligadas ao turismo e ainda que, em parte dos casos, de forma indireta, o setor tem fomentado o desenvolvimento de novos projetos económicos e sociais, criando efeitos gravitacionais ao potenciar o nascimento de iniciativas inovadoras e ao promover a atratividade em zonas porventura mais isoladas e, aparentemente, sem grande tração económica.
Estes efeitos diretos e indiretos do turismo no desenvolvimento económico têm, primeiramente, conduzido à criação de empresas que oferecem serviços complementares para os turistas, cimentando o arrojo nas soluções e inovações apresentadas, que visam responder à procura que é cada vez mais informada, entendida, autodidata e exigente.
Em segundo lugar, também as ferramentas de gestão inovadoras, e ainda que nem sempre o processo de inovação empresarial no turismo seja sinónimo de um processo de inovação autónomo, têm levado a uma otimização de processos essenciais para a poupança de recursos e para o desenvolvimento de serviços de qualidade e excelência, cada vez mais preocupados com a experiência do turista/consumidor.
Numa terceira fase, a inovação no turismo tem sido também acompanhada pelo efeito de “contágio” junto das restantes empresas associadas ao setor, o que beneficia o consumidor, mas também a capacidade de escalar negócios e experiências.
É exatamente para apoiar a capacidade de produzir inovação no setor do turismo, como forma de escalar negócios e de potenciar o desenvolvimento dos territórios, que o iTech Tourism se propõe a acelerar projetos que possam fortalecer esta dinâmica geradora de negócios inovadores em torno do setor do turismo.
Tendo todas estas premissas como base, está preparado para contribuir para o desenvolvimento do setor?
Por Daniela Pereira
Coordenadora de Comunicação & Marketing
InvestBraga